domingo, 6 de janeiro de 2013

INUTIL

 
T.J.
 
Chega a noite!
Caminhante longa e vagarosa
que se arrasta e me vai arrastando com ela.
Com a noite chega o medo.
Perco-me em pensamentos nesse imenso deserto
que são as horas escuras.
Vou esperando agoniada o Sol
almejando que ao chegar a nova noite
não volte a dizer:
 
Nada fiz, nada dei, nada fui.
Nada me foi pedido...
 
 
Teresa

terça-feira, 23 de outubro de 2012

 
T.J.
 
Que a minha solidão
me sirva de companhia;
Que eu tenha a coragem de me enfrentar;
Que eu saiba ficar com o nada
e mesmo  assim,
me sentir como se estivesse plena de tudo!
 


domingo, 21 de outubro de 2012

Vivo...

T.J.
 
Vivo,  porque tenho coragem de sentir medo
Vivo, porque sei chorar sorrindo
Vivo, porque sonho acordada
Vivo, por saber silenciar e aquietar o coração.
 
Falar sem precisar palavras,
Caminhar sem olhar para trás.
Faço da ficção realidade.
Sei sorrir sem motivo
Ter certezas das incertezas da vida.
 
Teresa

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

T.J.
Mundo ,
Onde a musica que se escuta é outra;
Onde o ritmo é o de tambores distantes
cujo som se propaga noutra dimensão.

Os movimentos são deslocados,
As acções imprecisas,
a busca incessante é de outra realidade...
mas apesar de tudo,
-sobrevive-se !
renascendo das cinzas
no final de cada dia...

Teresa Jorge

domingo, 2 de setembro de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

SE...

T.J.
Se não existisse poesia.
Se em nossas vidas não existisse o silênco
para deixar voar a alma nua
através da orbita do pensamento,
seríamos como esqueletos de mariposas
gastando a vida num casulo cego.
Se não podessemos derramar
o licor sedento da nostalgia,
no cálice de cristal do sentimento,
seríamos crianças sem peito
onde saciar a fome.
Se se calasse o suspiro
e o guardassemos em gavetas de ideias moribundas,
melhor fora não termos nascido.
Se as palavras não vagueassem
pelas veredas do alfabeto, entre brumas
na estrada alucinada das ideias,
não encontraríamos a cordenada perfeita
para chegar ao cume do sentimento,
que nos deixa guardar em lembranças nostalgicas
a dor das horas passadas.
Se não fosse porque existem almas gêmeas
que compartilham em comunhão
a tertulia da vida
seria impossível empreender a viagem,
imaginária,
num barco de papel até ao oceano infinito
onde se eternizam momentos.

Teresa

sábado, 11 de agosto de 2012

O QUE SOU !

T.J.

Sou,
os livros que li,
as viagens que fiz,
os amigos que conquistei.
Os momentos que tive e decerto irei ter.
Os amores que tenho e aqueles que vi morrer.
Sou,
os sonhos realizados e os objectivos alcançados.
O meu interior bem como o exterior.
Sou,
a saudade do que fui e a fé do que serei,
a dona dos meus actos, sejam eles bons ou maus.
O perfeito e o imperfeito.
A igualdade e o contraste.
Faço parte da complexidade deste mundo.
Sou,
o que sei de mim, mas ninguém vê.

Teresa